Desmistificando

Ganhando adeptos por todo o Brasil...
"Fiz essa introdução, pois o texto que vou colocar aqui está dentro desse projeto que rendeu muita pesquisa e muito aprendizado sobre o mundo da moda. Um dos setores que tem bastante a ver com o projeto é o dos brechós e vou compartilhar com vocês um pouco sobre a história desse pedacinho do universo da moda que é maravilhoso e que cada vez mais está sendo desmistificado e ganhando adeptos por todo o país.
As roupas surgiram como uma necessidade de sobrevivência, porém com o passar dos anos, a moda foi se desenvolvendo junto à mídia e ao mercado capitalista que despertou os desejos das pessoas em relação ao setor da moda e assim desenvolveu um consumo crescente do mercado têxtil. Com essa grande demanda no mercado têxtil, e a necessidade de outras pessoas que não possuem um bom poder aquisitivo para adquirir roupas em grandes lojas, surgiram os famosos brechós. A junção do desperdício de roupas e doacúmulo de peças gerado pelo consumo desenfreado do setor colaboraram para o crescimento do mercado de brechós aqui no Brasil.
A cantora Maysa Monjardim, observou que esse mercado funcionava bem na Europa, por volta dos anos 1970, e começou a vender roupas, sapatos, bolsas e acessórios dela e dos amigos. Como não era tradição aqui no Brasil e não chegou ao público certo, pois era apenas um grupo de amigos da alta sociedade que fazia parte, a ideia só começou a fazer sucesso com uma ideia do comerciante Belchior, que passou a vender e comprar roupas e produtos usados. Ele montou a “Casa de Belchior“, considerado o primeiro comércio de roupas usadas no Brasil, localizada no Rio de Janeiro.
O brechó era como uma loja popular, destinada às pessoas com pouco dinheiro, sem luxo, e desapegadas das grifes. A alta sociedade, por conhecer as famosas “feiras” onde vários vendedores compravam e vendiam diversos produtos usados ao ar livre que aconteciam na Europa, tinham uma impressão negativa desse mercado. Para eles, era algo sujo, infestado de pulgas, tanto que acabaram batizando a prática como “Mercado das Pulgas”, carregando assim esse mercado com muito preconceito e passando a ideia de que não era algo agradável para se fazer.
Com o passar dos anos, o mercado foi melhorando e a mente das pessoas foi mudando, pois os brechós modernos começaram a fornecer marcas famosas a preços acessíveis, constituindo um verdadeiro mercado retrô e um amplo guarda-roupa para quem gosta de criar seu próprio estilo. Essa possibilidade contribuiu e muito para o mercado brechó, fazendo com que a procura ao segmento aumentasse e a cultura virasse tendência nos dias de hoje.
A aceitação foi tão grande que o mercado passou a ser forte até mesmo no mundo online, com a ajuda de blogs, onde a interatividade se tornou um diferencial para o público. Essa nova “vitrine virtual” ganhou força e os blogueiros, que faziam parte desse novo meio de vendas, começaram a se organizar através doSindicato dos Brechós, também virtual. Esse foi um passo muito importante e de grande valor para tornar cada vez mais confiável e funcional o sistema que estava sendo criado e que com o tempo se tornaria febre.
Além de serem brechós virtuais, os blogs, alimentados por jovens particularmente do sexo feminino, passaram a ser um meio de divulgação, pesquisa e informações sobre as tendências e as formas de funcionamento do mercado e das negociações do setor, gerando assim, além de lucro, um intercâmbio cultural.
O mercado Brechó nunca teve uma intenção lucrativa de negócios, o seu maior objetivo era de intermediardesejos, tanto para aqueles que procuram pelo baixo preço de peças que tenham qualidade, quanto para os que querem se desapegar de peças de vestuário para poder comprar novas. Uma prova de que o consumo consciente está em alta. Com a ajuda das redes sociais e dos formadores de opinião, que se encontram na rede virtual, esse mercado conseguiu se posicionar e mudar o antigo conceito sobre os brechós. Conforme a mudança no mercado e a melhor aceitação do conceito de usar roupas usadas, os brechós começaram a cuidar melhor do seu negócio, tomando um cuidado maior que vai desde a preservação das peças até a manutenção do espaço físico, onde as peças ficam expostas. Esse carinho e cuidado faz com que as roupas usadas ganhem um aspecto de algo novo, tornando-se assim algo mais aprazível de se consumir. O resultado é que a procura por brechós tem aumentado e as pessoas não só aceitam esse novo estilo de vida e consumo da moda, como se tornam fregueses fiéis.
A possibilidade de resgatar uma peça com qualidade e estilo vem caindo no gosto do público em geral, um público diferente daquele que o brechó estava acostumado, como os amantes da moda, os produtores de teatro / cinema / tv, ou até mesmo os estilistas. Hoje os brechós têm como clientes os recém-nascidos, os homens e até mesmo as madames da alta sociedade que lá atrás viam essa forma de se comercializar a moda como “Mercado das Pulgas”.
Gostaria de saber se você, leitor, costuma comprar roupas em brechós. Conte-nos também quais são os brechós que você frequenta e se você tem um brechó próprio (se tiver, deixe o link para que possamos visitar)."em: http://www.myestilo.com.br/historia-brecho/



Um brechó (português brasileiro) ou adelo (português europeu) é uma loja de artigos usados, principalmente roupas, calçados, louças, objetos de arte, bijuterias e objetos de uso doméstico.

Geralmente atraem um público mais alternativo, artistas em geral e pessoas de baixa renda e/ou desempregados, bem como aqueles à procura de artigos originais e únicos.[1] Alguns funcionam também por consignação (onde os donos dos objetos deixam os artigos no brechó e recebem uma parte na venda) e/ou por escambo (na base de trocas).[1]

Muitos brechós têm finalidade beneficente




No século XIX um mascate chamado Belchior ficou conhecido por vender roupas e objetos de segunda mão no Rio de Janeiro. Com o tempo o nome se transformou por corruptela em "Brechó".[1][2]

Aparece no conto Idéias de Canário de Machado de Assis, onde o protagonista logo no início adentra um estabelecimento por nome "belchior":
“ ... sucedeu que um tílburi à disparada, quase me atirou ao chão. Escapei saltando para dentro de uma loja de belchior... A loja era escura, atulhada das cousas velhas, tortas, rotas, enxovalhadas, enferrujadas que de ordinário se acham em tais casas, tudo naquela meia desordem própria do negócio. ”

— Machado de Assis, Idéias de Canário[3] [4] .





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Publicado por Dona Flor Brechó Campinas em Sábado, 20 de fevereiro de 2016